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Meu pai,

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  Quando eu era pequeno, acho que 5 ou 6 anos, ia para a esquina de uma vila em que morava, esperar um gigante. Eu o avistava lá longe, vindo na minha direção, e meu coração disparava, de alegria e ansiedade. Quando ele, mais perto, abria os braços para mim. Era o sinal! E eu corria, com asas nos pés e me atirava, em um abraço do tamanho do mundo... Esse gigante, que eu olhava para cima buscando seu sorriso, me levava orgulhoso para andar pelas ruas do bairro, e eu buscava seu apoio, sua afetividade, que sempre vinha, segurando forte com sua mão firme, segurando a minha. Ele era grande mesmo, na minha visão infantil! Seus braços fortes, seu peito enorme, que cabia eu e o mundo. Ele me apoiou em tudo, bancou meus sonhos e lapidou meu destino, né pai? Não houve sacrifício (sacro-ofício = trabalho sagrado), pois o que se faz com amor, é acima de tudo uma missão que se cumpre. Ainda assim ele se desdobrou, foi além dos limites, não só para mim, mas para toda família. E assim era