Afinal, Homeopatia funciona?
Já há algum tempo temos nos deparado
com discussões divulgadas na mídia sobre a questão da Homeopatia ser
considerada um engodo, ou seja, de que o chamado placebo (substância inerte na forma de medicamento) agir tanto
quanto os medicamentos homeopáticos ou de que realmente os preparados homeopáticos segundo
uma farmacotécnica própria, exercerem algum poder de cura no organismo.
A polêmica, ainda que antiga, se
acentuou com a divulgação em tom fantástico com um verdadeiro carnaval
em que se oferecia um alto prêmio para quem comprovasse como a Homeopatia
funciona. Em uma campanha com manchetes de “fim da homeopatia” a revista Lancet
colocava um “ponto final” na conversa, apesar da reação indignada de centena de
milhares de pessoas que se beneficiam de
seus efeitos e de cientistas da área da saúde que demonstram o contrário, que
a Homeopatia traz sim inúmeros benefícios para o bem estar dos pacientes, na
área Médica, Odontológica e Veterinária.
Algumas questões devem ser consideradas
antes de termos uma opinião fechada a respeito deste assunto:
1) - É mais ou menos óbvio que industrias
farmacêuticas não tenham interesse algum
em aceitar de fato estes benefícios (ainda que, os números do que faturam mundialmente ser
assustadoramente maior que o faturamento das farmácias homeopáticas).
2) - Os critérios de análise dos trabalhos da
citada revista, foram equivocados. Algo como assistir e entender um jogo de
futebol, tendo em mãos as regras do basquete.
3) - Há duzentos e poucos anos um número
incontável de pessoas no mundo são tratadas e curadas pela Homeopatia em todos
os continentes. Alguns casos de sucesso, outros não, tal como acontece com a
Alopatia.
4) - Nenhuma opção terapêutica utilizada de forma
isolada - sem levarmos em consideração a qualidade de vida com hábitos
saudáveis, equilíbrio emocional e o afastamento dos obstáculos à cura (cigarro,
álcool, drogas, má alimentação, etc.) - será eficaz no seu propósito.
Como funciona?
A Homeopatia surgiu no fim do século
XVIII na Alemanha, através do médico Samuel Hahnemann que, não satisfeito com a
prática médica em vigência que utilizava sangrias e outros meios de purgação
para eliminar “os venenos internos”, com critérios e protocolos até então
nunca realizados, provou que utilizando
substâncias da própria natureza, porém diluídas e agitadas, obtinha remissão de
sintomas no organismo adoecido que eram observados no homem sadio quando estas
mesmas substâncias eram nele
administradas. É um conceito hipocrático: o mesmo veneno que te fere, te
cura. Em outras palavras, o semelhante cura o semelhante, o primeiro princípio
da Homeopatia.
Num reflexo de raciocínio
reducionista/mecanicista a que estamos acostumados pela nossa formação,
verdadeiros mecânicos biológicos, substituindo “peças” do nosso corpo e
necessitando escarafunchar e quebrar
tudo em elevações teomaníacas, precisamos de uma explicação de por que e como um remédio preparado através de uma ultra-diluição e agitado um cem número de
vezes tem este poder curativo.
Devemos, no entanto, deixar de lado todo o
preconceito que muito atrapalha a Ciência e ajudarmos na pesquisa desta
racionalidade terapêutica eficaz e econômica que tem aumentado sua procura - apesar das críticas.
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