Mãos e Mentes, gestos e intenções
Na
década de 90, minha filha teve um episódio de febre e falta de ar e eu fiquei
ao lado dela, zelando e orando e pedindo para o Universo que passasse o
sofrimento dela pra mim, que era mais “forte”. Quantos pais e mães já fizeram
isto...
Tomei
uma bronca de uma amiga que me indicou (e praticamente me inscreveu) em um
curso de formação em Reiki. Foi uma experiência muito gratificante que tanto
acrescentou na minha vida.
Creio
que a possibilidade de curar, de transmitir algo de bom, paz, saúde, harmonia e
cura para alguém através das mãos é um desejo antigo e inerente ao ser Humano.
A sensação de impotência frente ao sofrimento alheio e, em contrapartida a
possibilidade de passar “boas energias” e curar é maravilhoso.
Todas
as crenças religiosas ou mesmo as não religiosas fazem de uma forma ou de outra
a imposição das mãos em forma de benção. Do hebraico, benção significa exaltar,
agradecer, saudar, e em linhas gerais desejo benigno para uma pessoa; Benzer,
santificar.
Assim,
os cristãos (do sacerdote ao praticante) estendem a mão em muitas orações. Na
Igreja Messiânica através do Johrei,
na Arte Mahikari pelo Okiyome pela passe no Espiritismo e no Reiki a ideia
é sempre a mesma, abençoar, servir de canal para que sejamos instrumentos do
Divino com a intenção do bem.
Com
o passar do tempo, vamos praticando menos e menos, entrando em ação nosso
raciocínio lógico, guiando atitudes mais “racionais”, até que alguém de coragem
e respeito como é o caso do médico Ricardo Monezi
Julião de Oliveira, publica sua tese de mestrado pela Universidade de São Paulo sob o título “ Avaliação de efeitos da impostação de
mãos sobre o sistema hematológico e imunológico de camundongos machos” obedecendo os rígidos padrões de pesquisa em
que camundongos recebiam impostação das mão e um grupo controle e um grupo
placebo que recebia de mãos de mentira. O primeiro grupo obteve alterações
fisiológicas significativas no controle de células cancerígenas em comparação
que os dois outros grupos, concluindo que “há que se estudar por que ela ocorre”
. O mesmo autor publica em 2013 sua tese de doutorado na UNIFESP estudando agora “Efeitos da prática do Reiki sobre aspectos psicofisiológicos e de
qualidade de vida de idosos com sintomas de estresse : estudo placebo, randomizado” com resultados positivos também na
diminuição do estresse em idosos.
Somente
estes dois estudos talvez não bastem para os incrédulos, para os que duvidam.
Questionar, perguntar, pesquisar é necessário, sempre, porém praticar sem
preconceitos é o que os Homens de coragem fazem.
Vejo
que o pensamento é o grande veículo para a prática, e o gesto complementa de
forma definitiva.
Quando
executamos um trabalho, qualquer que seja (empunhando um bisturi, um motor de
alta rotação, uma agulha de acupuntura, uma caneta, um lápis, um formão)
concentrados em fazermos o melhor, com a intenção e o gesto, manipulamos a
energia e damos o nosso melhor.
Quem
sabe bons pensamentos atraiam pensamentos afins e consigamos alterações físicas
importantes.
Quem
sabe possamos, através da vontade de servir, enviar bons fluidos controlando
nossos pensamentos e emoções e abraçarmos um pouco do Divino que habita cada um
de nós.
Caro Hélio...que grande idéia...e que texto magnífico...vivi a mesma experiência sua...instintivamente, impunha as mãos sobre a cabecinha dos meus filhos quando estavam doentes tentando passar-lhes a minha energia...Ao ter o meu primeiro contato com a MTC, muitos véus foram se descortinando...e posso dizer que minha vida tomou um novo rumo...e "quem busca encontra...e quem encontra busca cada vez mais" (Sto Agostinho)...e em nós temos uma força que nós leva a encontrar o que buscamos...
ResponderExcluirExiste uma passagem no Evangelho de Jesus (Mc 5,21-43) que explica tudo isso...a força do pensamento...o desejo real...a energia que temos em nós...
Mais uma vez, parabéns pela iniciativa...
um abraço
Maria Amelia Aizawa
Grato Amelia!
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