É sabido que o fumante possui uma dependência
física, química e emocional muito dificil de ser contornada pois há uma ligação
afetiva, que é o desejo de fumar, e
uma ação de dependência responsável
pelo vício.
Percebemos que quanto maior for o
consumo, maior a dependência do tabaco, pois acaba provocando uma compulsão responsável
até por uma desordem neuronal. Alguns fatores que causam a dependência estão
associados, como por exemplo, características fisiológicas, orgânicas,
psicológicas e comportamentais.
Nas buscas pela internet sobre tabagismo
e saude, de modo geral somos inundados com muitas informações, números, estatísticas
assustadoras que muitas vezes pouco ou nada dizem, a quem realmente
interessa de verdade, que é o fumante que não se motiva de modo
algum com dados de morbidade cruéis.
Acredito até que o tabagista nem
chega perto destes artigos, mesmo que exista dentro dele (o que, nem sempre é
fácil), vontade e convicção de que quer e precisa parar de fumar.
Na tentativa do profissional de
saude, ou mesmo parentes e amigos em convencer o fumante sobre os riscos (de
morte) pelo uso do cigarro (por exemplo), é comum o comentário por parte do
viciado de que “vou morrer mesmo um dia...” . Quando isso ocorre, penso e falo,
“ok, mas e a qualidade de vida até que esse dia chegue?”
Mas ok, vale lembrar alguns órgãos
afetados e doenças que podem ocorrer pelo uso do tabaco:
Doença periodontal (inflamações
gengivais e perda do osso que sustenta os dentes)
A doença periodontal, que acomete
gengiva e ossos ao redor dos dentes, é resultado do acúmulo de bactérias bucais
(biofilme dental) prejudiciais e pode levar à perda do dente. Inúmeros artigos científicos
e livros têm mostrado e comprovado como o tabaco interfere no desenvolvimento
dessas doenças.
Halitose (mau hálito), dentes manchados,
mudança no paladar, no olfato)
Um dos componentes do tabaco, o
alcatrão, principalmente está diretamente relacionado a essas alterações.
Câncer na cavidade oral
Alguns estudos mostram que 8, de 10 pacientes com câncer na boca eram fumantes! Número assustador, concorda? Não importa aqui qual o mecanismo de mutação das células da cavidade oral leva ao câncer mas o número dos acometidos é significativo, e lança um alerta que não pode ser ignorado
Agora vejamos: interessa ao dependente
de nicotina saber que ela é um alcalóide,
que absorvido no pulmão, vai para o
sangue e cérebro, etc, etc, etc?
A resposta provável é não!. É
necessário agir! É preciso intenção, motivação e inteligência emocional
amparada obviamente por bases cientificas, não empíricas.
Existe atualmente por parte dos
profissionais de saúde e de inúmeras organizações, um empenho em oferecer um
tratamento, uma ajuda, uma motivação no mínimo para auxiliar a promoção da saúde
que é nossa função maior.
Como
ajudar?
Em
primeiro lugar acreditamos que a ação deve ser multidisciplinar, ou
seja, médicos, psicólogos, dentistas e outros terapeutas, devem agir em conjunto
no sentido de dar suporte para aquele que decidiu (ou quer decidir) abandonar o
habito e para isso é necessário o aconselhamento, suporte, substituição da
nicotina, por exemplo, além do controle da ansiedade, exercícios, técnicas de relaxamento, respiração, meditação e outras
Uma terapêutica
que possui excelentes resultados é a acupuntura e sua derivação que é a
auriculoterapia (acupuntura auricular ou laser-auriculoterapia).
O
Cirurgião Dentista, dentro do conceito da Odontologia Integrativa, pode,
e deve fazer uso, desde que habilitado
para tal, da Auriculoterapia e/ou Acupuntura como uma das maneiras de ajudar o
fumante a abandonar o vicio, além do uso da palavra motivacional e apoio tão
necessário para estes casos.
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